terça-feira, 20 de novembro de 2012

Todo o dia ela faz tudo sempre igual…

Todos os dias eu acordo 6:30 da manhã, sempre com vontade de dormir mais, visto a roupa que separei na noite anterior, dou um jeito no cabelo, coloco os brincos, quando me resta tempo eu tomo meu café, quando não dá eu não tomo, escovo os dentes, atravesso a rua e me sento na parada de ônibus.

Todos os dias o ônibus passa entre 6:52 e 6:57 da manhã, e todos os dias eu sento no mesmo banco, lado esquerdo depois da roleta, onde posso colocar meus pés no apoio e me preparar para a soneca que tiro entre o engarrafamento da Av. Bento Gonçalves e da Av. Ipiranga. Todos os dias tem engarrafamento, me favorecendo assim, uma viagem de UMA HORA E MEIA, que eu aproveito para sonecar.

Todos os dias eu chego entre 8:30 e 8:45 (quando o engarrafamento é demais) da manhã, dou bom dia (mesmo que não seja) para os meus três colegas de trabalho, o estagiário bonitinho, o arquiteto mala, e o meu chefe substituto que tem nome de Rei/Imperador.

Todo o dia eu passo quatro horas fazendo polígonos pré definidos no mapa de Porto Alegre para o plano diretor, só falo quando necessário, o pessoal lá é bem calado, quem sou eu para soltar o verbo em um ambiente tão silencioso? Jamais!

Todos os dias eu passo no shopping para comprar meu almoço no supermercado, passo nas vitrines de calçados que eu não tenho coragem de comprar, mas morro de vontade, e dou uma olhadela naquele All Star para ver se o preço  continua R$ 89,90. Sem contar que fico apenas babando na vitrine da Imaginarium, inclusive, onde confiro se aquele All Star continua o mesmo preço, pois eu tenho planos para ele no final do mês!!

Todos os dias eu chego horas mais cedo na faculdade, fico me sabotando e acabo não estudando como eu gostaria. Todos os dias meu corpo vai para a aula, mas a minha cabeça, nem me pergunte, pois, nem eu sei por onde ela viaja. Sem contar que todos os dias, eu cochilo pelo menos 15 min. em alguma mesa, morro de dor no pescoço, mas sempre vale a pena.

Todos os dias eu chego em casa morrendo de fome e consigo acabar com tudo que eu vejo de comer pela frente, todos os dias eu fico pensando nos cinco (ok, agora são SETE) quilos que eu preciso perder.

Todos os dias eu deito na cama lá pelas nove da noite, mas, se eu fechar os olhos, não perguntem como, eu apenas morro na cama, se falarem comigo eu falo, se me ligarem eu atendo o telefone, converso, bato altos papos, mas sim, eu estava dormindo, e depois nem me lembro do que eu disse, normalmente é besteira, mas… Paciência.

E enfim, todos os dias eu penso em fazer as coisas diferentes, como, sei lá, mudar a alimentação, fazer exercícios físicos, estudar, e muito, mas eu estou realmente no piloto automático e dificilmente eu estou seguindo os meus desejos de ser quem eu quero ser, e não quem a vida me leva a ser, mas, agora farei a mesma promessa que eu me faço TODOS os semestres: “Semestre que vem as coisas serão diferentes”.

E eu espero que desta vez seja sério, porque nem eu mais me levo á sério!!

BÊJ ;)

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