Quando eu comecei a terapia precisa urgentemente desse apoio psicológico por diversos e mais diversos motivos, não só pela loucura da faculdade, o que desencadeou toda a depressão, e piorou a depressão, piorou minha saúde, e meu desempenho universitário, minha relação com família, namorado e todo o resto. Literalmente a vida estava uma merda, além do natural.
Quando chegava nas primeiras sessões era um chororô danado, mas o que se descobriu é que na verdade a faculdade era a coisa que menos me incomodava, apesar de ser a coisa que momentaneamente era a mais importante, o que toca nos meus calos é sempre as relações. E não só as minhas relações com as pessoas que me cercam mas também a minha relação comigo mesma, que eu costumava ofuscar ou fingir que estava tudo bem.
Acontece que apenas na minha última sessão que nós tocamos nas relações comigo e com os outros profundamente, estávamos mais focadas nas dificuldades da faculdade, mas não deixamos os assuntos sentimentais de lado, mas nunca aprofundamos realmente tudo isso, mas agora que começamos, estou com medo do que posso descobrir de mim mesma. A última sessão foi tão tensa que me deixou mal um final de semana inteiro, quase tendo crises de choro em local público, foi assim, cruel para mim.
A verdade é que essa foi a sessão que mais me marcou, foi tensa, e justamente quando estávamos avançando para o entendimento sobre o “ser ou não ser”… E a verdade é que a questão é quem eu ser? Começo a gerar dúvidas sobre personalidade, sobre temperamentos e costumes que não sei mais se são meus ou se foram essa barreira que eu criei para manter as pessoas fora do meu eu interior (eu sei, esse papo ta maluco, mas foi o que me veio na cabeça). É, eu estou tendo uma crise de identidade, e sim, eu tenho medo de descobrir quem eu sou, mas ainda assim, eu vou em frente.
Definitivamente esse post tá estranho, mas, é isso aí mesmo.
Beijo procês!!
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