quinta-feira, 17 de maio de 2012

O tal do AMPA

 

O AMPA, como eu disse, ou acho que disse, ficam os residentes de medicina, que fazem especialização em psiquiatria e tals, alguns professores auxiliam eles, assim é o que eu sei que funciona mais ou menos pelo que a psicopedagoga me contou e pelo que eu vi. A primeira consulta, a psicopedagoga meio que descreveu para mim: “- Tu entra em uma “sala de espelhos” com um médico e um professor (também médico), do outro lado do vidro (espelhado por dentro) os alunos observam a sessão, você não vai vê-los, mas eles vão ver e ouvir.” Ou seja, além de parecer um circo de horrores, me sentiria um macaquinho do circo.

No dia, o nervosismo era geral, o medo pegou legal. O que eu imaginava, nessa minha mentezinha fértil que só ela, uma sala grande, TODA espelhada do teto até o chão (tipo essas de academia e escolas de dança, sabe?), três cadeiras desconfortáveis, uma galera me olhando falar do outro lado, cercando inteiramente a sala, e dois homens com cara de serem mais novos que eu tentando resolver minhas questões psicológicas. Pensei uma coisa de filme ou seriado médico assim.

Cheguei lá era uma sala minúscula, do tamanho de um banheiro de apartamento, com um espelho no meio da parede, três cadeiras que, de fato, eram mesmo desconfortáveis, e um médico que falava como se fizesse a dublagem de um anjinho de desenho, de tão calmo e “da PAZ” que parecia ser o homi. A médica que estava junto não parece ser muito mais velha do que eu, deve ter seus 27 anos, e ela que vai ser minha psiquiatra daqui para frente, mas, nessa triagem, quem mais falou foi o doutor “anjinho da paz”, pois, sim, eu esqueci do nome deles assim que eles me disseram.

Cheguei na sala dando oi pra galera do espelho, simpaticíssima (mentira, era nervooosa), mas logo que começou a conversa já me sentia com dificuldades para falar, o espelho não me ajudava com nada, mas também, depois de alguns minutos de trololó eu já tinha esquecido do espelho, tipo Big Brother sabe, esqueci deles.

E sim, tinha a caixinha de lenço de papel para caso o chororô resolvesse aparecer, e desta vez, tocou em pontos que era impossível não ter chororô, fiquei eu pensando com meus botões: “esses médicos atrás desse espelho devem ficar apostando em que momento da conversa eu vou chorar”. Alguém lá atrás deve ter ganho uma bolada!

Então, basicamente foi isso, fiz uns quatro daqueles testezinhos de marcar, e toda semana (ou enquanto o dinheiro der) estarei lá me tratando dessas minhas leseiras mentais!!!

Sei lá, to me sentindo mais forte depois da terapia, veremos se isso dura =)

BÊJ =**

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