quarta-feira, 14 de março de 2012

Devia ter amado mais…

Só quando um relacionamento acaba que realmente fazemos uma avaliação do nosso desempenho, de como fomos bons ou maus namorados, de como magoamos o outro sem perceber, ou como fomos culpados para a relação ter o seu final. É a velha metáfora de chorar sobre o leite derramado. A gente se culpa, eu pelo menos me culpo, me martirizo, revejo tudo o que eu fiz e percebo que errei muito, mas como eu disse, não adianta chorar pelo leite derramado, tem mesmo é que pegar um pano, limpar o leite e seguir em frente, pois depois que derramou, não há mais nada a fazer.
Daí você me pergunta, porque? o que aconteceu? Vocês eram um casal tão bonito. Vocês eram perfeitos um para outro.
Só digo que acontece.
Já aconteceu antes, talvez você não saiba, mas ele foi meu segundo namorado. O primeiro durou três anos e meio, e quando acabou eu sofri, obviamente, mas era necessário acabar para eu conseguir ser o que eu sou hoje. E desta vez, quatro anos depois do primeiro fim, eu tenho meu segundo fim, e digo que eu tinha quase me esquecido de como isso dói, e dói muito mesmo, mas eu sei também que passa, desta vez pode demorar um pouco mais, porque acabou com um pouco mais de mágoa, com amor ainda assim, mas também não dava para continuar do jeito que estava, então foi um fim, mas com uma pitada de “pode ser que um dia voltamos”, e pode ser, como pode não ser, é tudo muito relativo sabe.
O engraçado é que quando o primeiro terminou comigo eu estava passando por um crise depressiva, e agora, novamente estou em fase de tratamento de uma depressão, então é questionável que a minha depressão faça as pessoas quererem me largar, porque eu sei que não sou fácil, não sou mesmo, e em depressão sou pior.
Só uma nota, ele não me largou, foi uma decisão tomada em dupla, o primeiro sim, esse me largou.
Foi difícil contar para as pessoas, e no início, só duas melhores amigas sabiam, e ficou assim por alguns dias, eu não queria contar para mais ninguém, mas uma hora as pessoas percebem, que eu não estou indo para a casa dele, que ele não me liga mais, que eu não ligo mais para ele, as pessoas percebem. E alguns dias depois minha mãe me perguntou sobre, e eu tive que contar. Eu não queria me estender no assunto, então não falei muito. Sabe, minha mãe se preocupa demais, ela já se preocupa muito comigo, com meu estado emocional, com a depressão e tal, mesmo ela não acreditando na doença, se preocupa comigo, e então, imagina com um término de um namoro, deve estar pensando que eu estou esquizofrênica, com tendências suicidas. É que ela não sabe, mas as tendências suicidas aconteceram no começo do tratamento para a depressão, e agora são bem menos frequentes.
Eu estou bem, se é que se pode chamar de bem, chorei pouco, algumas vezes no telefone com ele, outras no msn, tenho evitado fazer a sofredora, não é mais aquela coisa de novela, chorar copiosamente, estou conseguindo aguentar a barra, porque eu já passei por isso.
E agora, como eu disse em algum post anterior, é dedicação redobrada para a faculdade e deu, não me preocupar com mais nada. Vida que segue.
Eu estou tentando preencher o tempo dele com coisas, porque eu não quero pensar muito, se não é pior, dói mais. E eu estou preenchendo, com estudo, ou com trabalho, como fiz final de semana passado que fui babá, o primeiro final de semana sem ele depois de quase um ano. Sempre tem o dia que eu deito na cama e fico pensando, e imaginando como seria se eu tivesse sido diferente, mas antes de chegar a alguma conclusão o meu remédio e o meu cansaço me derrubam e eu entro em sono profundo até o outro dia, em que acordo pensando nas tarefas que tenho que fazer, nos livros e cadernos que tenho que levar para a aula e em tudo que vou fazer durante o dia.
É dessa forma que eu estou aguentando o tranco. E sempre tem alguém que ri quando descobre que meu blog é VIDA DE MERDA, mas vê só, é mucha mierda nessa minha vida né?

Bêj gente! (consegui postar sem chorar oukey?)

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