quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Costela voa para o paraíso…

(Esse é um texto que fala sobre AMOR aos ANIMAIS, se você tem sensibilidade a algum componente dessa fórmula, favor não ler este texto)
Costela não era um pássaro, mas se ela quisesse, aposto que saberia voar, de tão inteligente essa vira-lata. Um serzinho resgatado da rua, que de só pele e osso estava que o nome “Costela” foi inevitável. A minha amiga, mãe de dois maltês, o Joss e o Stone, louca por cachorro, resolveu resgata-la da rua por que ela tinha aquele olharzinho de cão sem dono, muito arisca, mas muito meiga,que tinha o olhar mais expressivo que eu já vi, que tudo que ela realmente queria era ser amada, amada como nunca tinha sido antes, amada por alguém, que diferente dos outros, não a enxotasse, ou a maltratasse.
Assim foi, Costela foi muito amada, amada por essa amiga que a resgatou, amada por mim que ajudei a cuidar, levar nas sessões de quimioterapia, acupuntura, exames e consultas, porque sim, Costela adoeceu diversas vezes nesses mais de dois anos que está conosco, porém, o amor da sua dona fez com que ela lutasse para manter a saúde, a vitalidade e o bem estar da Costelinha.
Foi mais de um ano de luta, fazendo de todas as formas possíveis, e eu diria, quase impossíveis para que a vida da Costela fosse prolongada, até que acabou a quimioterapia, ela estava bem, debilitada, já não tinha mais uma energia grande, mas o seu rabo de Simba (ela era tosada de forma que seu rabo parecesse o de um leão) sempre balançou quando eu chegava, ou quando eu comia pizza, ou Belvita, ou qualquer coisa que ela gostasse muito, pois, para a Costela, comida era tudo que ela podia sonhar, ela veio da rua, e era acostumada por uma luta diária por comida, mesmo agora tendo sempre comida a hora que quisesse, ela não perdia o costume de mendigar.
Desde que ela foi resgatada teve TUDO o que qualquer cachorro de rua poderia sonhar, se é que os cachorros sonham, mas ela teve de tudo, inclusive dormia na mesma cama da sua dona, roncava, e roncava alto, e eu adorava, acho o máximo cachorro roncador, acho humano, acho lindo.
Então, a parte triste de toda a história desse anjo de patas, eu sei que vocês já devem estar imaginando: a vida da Costela teve seu fim há alguns meses, e é com muita dor que eu escrevo esse post, pois, visto que, depois de tanta luta, ela parecia se recuperar, o falecimento dela me pegou desprevenida, e com aquela sensação de que eu não consegui dizer adeus, não consegui estar do lado dela antes da sua morte, e isso me dá mais dor, saber que aquela pequena, tão acuada como era, se foi sem ter ninguém do seu convívio próximo a ela. Ao mesmo tempo, sei que foi feito tudo para que ela sobrevivesse, as veterinárias fizeram todo o possível para salva-la, mas creio que a sua hora realmente tinha chegado, e o sofrimento de todas as suas doenças estava acabando, isso não consola, não conforta, mas é o melhor que eu posso pensar nesse momento. E também, na noite do seu falecimento tive um sonho, sonhei que ela sorria, será possível um cachorro sorrir? Mas no meu sonho a Costela sorria, demonstrava estar feliz, estava bem, estava enérgica. Com isso, devo acalmar minha dor e acreditar que foi o melhor, que foi a hora, que o sofrimento acabou e que ela está em algum paraíso canino, comendo sua Belvita, em paz, feliz, sem dor, e sim, amada ainda por nós.
*Para escrever esse texto resolvi pegar uma música de nada mais nada menos que a minha amada Amy Winehouse, que se chama “October Song”, música onde ela relata que seu “ Bird” Eva morreu, e foi para o paraíso. E se tratando de Amy Winehouse, não é de se duvidar que a própria Amy tenha causado a morte da pobre Eva, se foi de tanto amor, ou maus tratos, nunca saberemos.

Nas fotos, Costela, Joss E Stone.
Foto0076JOSSS
SSTONE

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